A mais autêntica homenagem que se pode prestar aos grandes vultos da Pátria é manter viva a lembrança de seus feitos, interpretar os acontecimentos de que participaram e recolher os dignos exemplos que nos legaram.
As magistrais lições que emanam de suas incomuns existências constituem a imortal seiva que robustece crenças, revigora forças para a travessia do presente e inspira a busca do futuro.
Patrono. {Do lat. patronu] S.m. 5. Bras. Chefe militar ou personalidade civil escolhida com figura tutelar de uma força armada, de uma arma, de uma unidade, etc., cujo nome mantém vivas tradições militares e o culto cívico dos Heróis.
Extraído do Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Ed Nova Fronteira, 1ª Edição
Patrono Do Exército
Marechal Luiz Alves de Lima e Silva
(Duque de Caxias)
A nação brasileira comemorou no ano de 2003 o bicentenário de nascimento de um de seus maiores vultos históricos: o Duque de Caxias.
Em meio século de assinalados serviços - coincidindo com um período crítico para a afirmação da nossa nacionalidade -, Caxias interpretou com invulgar lucidez a realidade de sua época e vislumbrou um futuro grandioso para o Brasil.
Lutou pela consolidação da independência, pacificou províncias conflagradas e conduziu as armas nacionais à vitória nos conflitos da Bacia do Prata.
Tão importantes quanto a eficácia de suas ações militares foram a firmeza com que enfrentou os desafios e a generosidade dispensada aos adversários vencidos nos campos de batalha. Restabeleceu o império da ordem, preservou as instituições, recompôs a coesão nacional e salvou a unidade da Pátria. Daí Ter passado à História com o cognome de " O Pacificador".
Patronos das Armas
Brigadeiro Sampaio - Infantaria
Antônio de Sampaio nasceu em 24 de maio de 1810, na cidade de Tamboril, estado do Ceará. Filho de Antônio Ferreira de Sampaio e Antônia Xavier de Araújo, foi criado e educado pelos pais no ambiente simples dos sertões.
Cedo revelou interesse pela carreira militar, galgando postos por merecimento graças a inúmeras demonstrações de bravura, tenacidade e inteligência. Foi Praça em 1830; Alferes em 1839; Tenente em 1839; Capitão em 1843; Major em 1852; Tenente-Coronel em 1855; Coronel em 1861 e Brigadeiro em 1865.
Sampaio teve atuação destacada na maioria das campanhas de manutenção da integridade territorial brasileira e das que revidaram as agressões externas na fase do Império: Icó (CE), 1832; Cabanagem (PA), 1836; Balaiada (MA), 1838; Guerra dos Farrapos (RS), 1844-45; Praieira (PE), 1849-50; Combate à Oribe (Uruguai), 1851; Combate à Monte Caseros (Argentina), 1852; Tomada do Paissandu (Uruguai), 1864; e Guerra da Tríplice Aliança (Paraguai), 1866. Foi condecorado por seis vezes, no período de 1852 a 1865, por Dom Pedro II, então Imperador do Brasil.
Recebeu três ferimentos na data do seu aniversário, 24 de maio, na Batalha de Tuiuti, em 1866. O primeiro, por granada, gangrenou-lhe a coxa direita; os outros dois foram nas costas. Faleceu a bordo do vapor hospital Eponina, em 06 de julho de 1866, quando do seu transporte para Buenos Aires.
Homem puro e patriota, Sampaio destacava-se por ser capacitado e corajoso, inteiramente dedicado à vida militar. Exemplo de exponencial bravura, foi consagrado Patrono da Arma de Infantaria do Exército Brasileiro, pelo Decreto 51.429, de 13 de março de 1962.
Marechal Osório - Cavalaria
10 de maio de 1808. Nasce na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual Município de Osório (RS), o menino Manuel Luis Osorio.
Filho de estanceiro, aprende desde cedo a dominar como ninguém os animais que lhe servem de montaria. De praça do Exército Imperial aos quinze anos de idade, galga todos os postos da hierarquia militar de sua época, mercê dos atributos de soldado que o consagram como "O Legendário".
Comandante de esquadrões, regimentos e exércitos, em período conturbado de nossa história, participa com brilhantismo das Campanhas da Independência, Cisplatina, de Monte Caseros e da Guerra da Tríplice Aliança.
De seus vários atos de bravura, astúcia e heroísmo destaca-se a atuação como tenente-coronel em Monte Caseros, quando, à frente do 2º Regimento de Cavalaria, na vanguarda das tropas brasileiras, inflige ao inimigo o rompimento do seu dispositivo de defesa e comanda decisivas operações de aproveitamento do êxito e perseguição.
Marechal e marquês, em seu brasão há três estrelas douradas que representam os ferimentos sofridos no rosto durante a cruenta Batalha de Avaí, em dezembro de 1868.
A despeito do reconhecimento que lhe fora dispensado até mesmo pelos inimigos de então e da popularidade que o transformara em mito nos campos de batalha, Osorio expirou em 4 de outubro de 1879 com a mesma simplicidade que o acompanhara durante toda a vida.
Hoje, o Parque Osorio, situado na mesma terra que o viu nascer, acolhe os restos do insigne Patrono da Arma de Cavalaria.
O patrono da Arma de Cavalaria é o Marechal Osorio.
Marechal Mallet - Artilharia
Emílio Luís Mallet nasceu a 10 de junho de 1801, em Dunquerque, França. Veio para o Brasil em 1818, fixando-se no Rio de Janeiro.
Mallet recebeu do Imperador D. Pedro I – que o conhecia e lhe reconheceu a vocação para a carreira das Armas – convite para ingressar nas fileiras do Exército nacional, que se estava reorganizando após a recém-proclamada Independência. Alistou-se a 13 de novembro de 1822, assentando praça como 1° cadete. Iniciou, assim, uma vida militar dedicada inteiramente ao Exército e ao Brasil.
Em 1823 matriculou-se na Academia Militar do Império. Como já possuía os cursos de Humanidade e Matemática, foi-lhe dado acesso ao de Artilharia. Nesse mesmo ano, jurou a Constituição do Império, adquirindo nacionalidade brasileira.
Comandava Mallet a 1ª Bateria do 1º Corpo de Artilharia Montada quando seguiu para a Campanha Cisplatina. Recebeu seu batismo de fogo e assumiu o comando de quatro baterias. Revelou-se soldado de sangue frio, valente, astuto. Fez-se respeitado por sua tropa, pelos aliados e pelos inimigos.
Tenente Coronel Villagran Cabrita - Engenharia
João Carlos Villagran Cabrita nasceu em Montevidéu, onde seu pai – oficial brasileiro – estava a serviço, no dia 30 de dezembro de 1820. Vinte e dois anos mais tarde, foi declarado alferes-aluno.
O 1º Batalhão de Engenheiros, em junho de 1865 – tendo Villagran como fiscal administrativo –, partiu de seu quartel na Praia Vermelha (RJ) para o teatro de operações da Guerra da Tríplice Aliança, vindo a empenhar-se em sérios embates no final daquele ano. Em 1866,o major Villagran Cabrita assumiu o comando do batalhão em decorrência do afastamento do comandante efetivo que fora comandar uma brigada auxiliar de Artilharia.
O Exército Imperial brasileiro marchava, célere, contra o inimigo, quando defrontou-se com o caudaloso rio Paraná. Àquela altura, o ritmo da campanha impunha uma complexa transposição de curso de água, e o Passo da Pátria foi a área de travessia selecionada. Na margem paraguaia, o Forte de Itapiru pairava imponente e, do lado argentino, a imensa planície da Província de Corrientes proporcionava excelentes posições de artilharia. Quase no meio do rio, na frente do Itapiru, existia uma ilha – na verdade um banco de areia – coberta por vasto capinzal. Essa ilha, mais tarde denominada ilha da Redenção ou do Cabrita, iria transformar-se em cenário de sangrentos combates e altar de glórias.
Villagran Cabrita desembarcou naquele local, na madrugada de seis de abril de 1866, com seu batalhão de 900 homens, quatro canhões La hitte e quatro morteiros, indo juntar-se ao 7º Batalhão de Voluntários da Pátria, ao 14º Provisório de Infantaria e aos voluntários das províncias do Norte. Os couraçados Bahia e Tamandaré e duas canhoneiras realizavam os fogos de proteção.
Os soldados de Villagran trabalharam incessantemente, preparando a defesa dessa base insular, pois era previsível que o inimigo tentaria recuperá-la em curto espaço de tempo.
O esforço não foi em vão. Às quatro horas do dia dez de abril, mais de onze mil adversários, protegidos pela densa escuridão da madrugada, contra-atacaram as posições brasileiras que tinham à sua frente a figura vigilante e intrépida de Cabrita.
A impecável atuação da Esquadra brasileira e o destemor dos soldados de terra negaram ao inimigo a retirada que este tentou empreender. A refrega foi renhida. Mais de 600 corpos do inimigo pontilharam o arenoso solo da ilha e outros tantos foram arrastados pelo rio tinto de sangue.
Amanhecia o dia dez de abril de 1866, quando, finalmente, as vibrantes notas dos clarins do batalhão encheram os céus com o toque da vitória. O lamentável, no entanto, estaria por acontecer. Villagran, enquanto redigia a parte de combate a bordo de um lanchão, foi atingido por uma bala de canhão 68 que ceifou-lhe a vida, interrompendo-lhe a brilhante carreira.
Justas homenagens foram prestadas à memória do bravo combatente, destacando-se a concessão da insígnia de Cavaleiro da Ordem de Cristo pelo Governo Imperial. Entre outras, uma unidade do Exército, o Batalhão Escola de Engenharia, sediado em Santa Cruz (RJ), recebeu o glorioso nome de Villagran Cabrita e a honra de manter acesa a chama do heroico Batalhão de Engenheiros.
É por demais justa a escolha dessa figura imortal para o patronato da Arma de Engenharia, cujo símbolo – o castelo lendário – perpetua o trabalho dos seus integrantes e abriga, como um templo, as tradições e os feitos do seu ilustre Patrono.
Marechal Rondon - Comunicações
Cândido Mariano da Silva Rondon nasceu a 5 de maio de 1865, em Mimoso, próximo a Cuiabá, Mato Grosso. Filho de Cândido Mariano da Silva e Claudina de Freitas Evangelista da Silva, perdeu o pai antes de seu nascimento e a mãe quando tinha dois anos de vida, tendo sido então criado pelo avô e por um tio, de quem herdou e incorporou o sobrenome "Rondon".
Muito cedo Rondon despertou seu pendor para a carreira das armas, ingressando na Escola Militar da Praia Vermelha aos 16 anos de idade. Em 1888 era promovido a alferes (posto correspondente hoje a "aspirante-a-oficial").
Durante sua vida, Rondon dedicou-se a duas causas mestras: a ligação dos mais afastados pontos da fronteira e do sertão brasileiro aos principais centros urbanos e a integração do indígena à civilização. Somente uma ou outra tarefa teriam bastado para justificar o nome de Rondon na História. Mas o ilustre militar foi muito além.
Na primeira empreitada, Rondon desbravou mais de 50.000 quilômetros de sertão e estendeu mais de 2.000 quilômetros de fios de cobre pelas regiões do País, ligando as mais longínquas paragens brasileiras pela comunicação do telégrafo. Como indigenista, pacificou tribos, estudou os usos e costumes dos habitantes dos lugares percorridos, participou da criação de medidas legais de proteção aos silvícolas. Tanto que, a 7 de setembro de 1910, foi nomeado diretor da Fundação do Serviço de Proteção aos Índios, precursora da atual Fundação Nacional de Assistência ao Índio, em face do muito que já realizara e da estatura moral e intelectual patenteada em toda sua carreira.
Além dessas conquistas, as expedições de Rondon também contribuíram para que quinze novos rios viessem a figurar em nossos mapas como resultado de suas explorações fluviais; o Museu Nacional enriqueceu-se com vinte mil exemplares de nossa fauna e flora, devidamente inventariados; enorme área de quinhentos mil quilômetros quadrados foi integrada ao espaço brasileiro; e foram compilados, num total de setenta volumes, relatórios alusivos à Biologia, Geologia, Hidrografia e todos os aspectos das regiões antes desconhecidos.
O reconhecimento da obra de Rondon extrapolou as fronteiras do Brasil. Teve a glória de ter seu nome escrito em letras de ouro maciço no Livro da Sociedade de Geografia de Nova Iorque, como o explorador que penetrou mais profundamente em terras tropicais, ao lado de outros imortais como Amundsen e Pearry, descobridores dos pólos Norte e Sul; e Charcot e Byrd, exploradores que mais profundamente penetraram em terras árticas e antárticas.
Na sessão solene do Congresso Nacional de 5 de maio de 1955, já com 90 anos, Rondon recebeu as insígnias do posto de marechal. Faleceu, no Rio de Janeiro, em 19 de janeiro de 1958, aos 92 anos.
A tenacidade, a dedicação, a abnegação e o altruísmo, atributos marcantes de sua personalidade, o fizeram merecedor, com indiscutível justiça, do título de Patrono da Arma de Comunicações do Exército Brasileiro, sendo sua data natalícia tomada como o Dia Nacional das Comunicações.
Patronos dos Quadros e Serviços
Marechal Napion - Quadro de Material Bélico
Carlos Antônio Napion nasceu em Turim na Itália, a 30 de outubro de 1757, onde, como militar e engenheiro dotado de cultura técnico-especializada na área do Material Bélico, alcançou o posto de major.
A partir de 1800 passou a prestar serviços ao Exército do Reino de Portugal e, em 1808, veio para o Brasil com o Príncipe Regente D. João VI, onde recebeu a missão de lançar as bases e promover o desenvolvimento da indústria bélica nacional. Com dinamismo, descortino e objetividade, o ínclito militar lançou a semente da logística do material. Atingiu o posto de tenente-general, o último da hierarquia militar no Brasil, no qual veio a falecer em 22 de junho de 1814, quando presidia a Junta da Real Academia Militar.
Prestou relevantes serviços ao Brasil quando este se tornou Reino Unido a Portugal e Algarve. Em razão disso, teve brilhante trajetória militar, ascendendo ao posto de oficial-general exclusivamente por seus méritos. Dentre seus trabalhos, destacam-se o esforço que empreendeu nos primórdios da industrialização do País e os livros técnicos que escreveu.
Alguns dos cargos exercidos por Napion:
- Inspetor-Geral da Real Junta Fazenda dos Arsenais, Fábricas e Fundições;
- Diretor do Arsenal Real do Exército;
- Diretor e Organizador da Real Fábrica de Pólvora da Lagoa;
- Inspetor-Geral de Artilharia;
- Membro do Conselho Supremo Militar;
- Inspetor e Fiscal da Real Fábrica de Ferro de São João de Ipanema; e
- Presidente da Junta Militar da Academia Real Militar.
Marechal Bitencourt - Serviço de Intendência
Nascido a 12 de abril de 1840, em Porto Alegre, filho do Brigadeiro Jacinto Machado Bitencourt e de D. Ana Maurícia da Silva Bitencourt, o patrono do Serviço de Intendência do Exército Brasileiro, Marechal Carlos Machado Bitencourt, em plena infância já demonstrava pendor para a carreira das Armas – uma tradição de família, pois militares também o eram o avô e o pai.
Esses exemplos de amor à Pátria e coragem cívica o entusiasmaram e o impeliram às fileiras do Exército. Assentou praça a 1º de janeiro de 1857, com 17 anos. Galgou por mérito todos os demais postos de uma brilhante carreira e viveu a honrosa situação de combater em algumas circunstâncias sob as ordens do pai, na Guerra da Tríplice Aliança.
Bitencourt destacou-se como encarregado da logística nas operações desenvolvidas pelo Exército contra os insurretos de Canudos. Recém-empossado como ministro da Guerra, interveio pessoalmente na campanha cujo óbice maior era a ausência de uma cadeia de suprimentos, já que a falta destes dificultava o bom desempenho das forças legais. Organizou e sistematizou o transporte de pessoal e material, tornando efetivo e contínuo o fluxo de reabastecimento das tropas, o que possibilitou a derrota dos rebelados. Sua brilhante atuação foi essencial para o resultado final daquele conflito.
Carlos Bitencourt dedicou 40 anos de relevantes serviços prestados à Pátria até o momento de sua morte, a 05 de novembro de 1897, quando buscava salvar o então Presidente Prudente de Morais de um atentado com arma branca.
O Exército deve a Bitencourt o aprendizado do insígne Thiers, autor de História do Consulado e do Império: "É necessário ter o espírito de ordem e minuciosidade, porque o militar não se educa para a guerra somente: alimenta-se, veste-se, arma-se e cura-se. A cada movimento é necessário pensar na véspera e no dia seguinte, nos flancos e na retaguarda; mover tudo consigo: munições, víveres e hospitais".
Um pouco de história...
Finda a Campanha de Canudos em 1897, o Marechal Bitencourt voltou ao Rio de Janeiro, capital da República à época. A 5 de novembro do mesmo ano regressavam as forças que haviam lutado no sertão baiano. A tropa desembarcou do navio Espírito Santo e foi recepcionada pelo Presidente da República, Prudente de Morais. Durante as honras militares, saiu das fileiras do 10º Regimento de Infantaria o anspeçada (na ocasião, uma graduação entre soldado e cabo) Marcelino Bispo de Melo, 19 anos, que sacou de um punhal e arremeteu-se contra o presidente. Bitencourt correu a salvar o chefe do Executivo e o fez com o ônus da própria vida.
Coronel Ricardo Franco - Quadro de Engenheiros Militares
Ricardo Franco de Almeida Serra, português de nascimento, aportou no Brasil em 1780. Formado em Engenharia e Infantaria, esse engenheiro-soldado, cartógrafo, geógrafo e astrônomo tornou-se um dos expoentes do desbravamento e da defesa do imenso território brasileiro nas regiões Norte e Centro-Oeste, tendo feito desde o mapeamento dessas regiões a obras de engenharia.
Entre os séculos XVIII e XIX persistiam as disputas territoriais entre Portugal e Espanha, uma vez que não estavam definidas as fronteiras do Brasil com as colônias espanholas na América do Sul. Confrontos armados eram freqüentes e inevitáveis na disputa por expansão de terras. Era urgente assegurar nossa integridade territorial. Para isso, foi necessário desbravar e registrar a geografia do Brasil nas áreas fronteiriças e construir fortificações em pontos estratégicos para a manutenção do território conquistado e demarcado.
O coronel Ricardo Franco fez o levantamento de fronteiras, explorando mais de 50 rios das bacias do Amazonas e do Prata, e mapeou as capitanias do Grão-Pará, Piauí, de São José do Rio Negro e de Mato Grosso. Além disso, dirigiu trabalhos de construção de várias fortificações, entre as quais o Quartel dos Dragões de Vila Bela (no atual Mato Grosso) e o Forte Príncipe da Beira (em Rondônia).
Das obras de Ricardo Franco, sobressai a construção e defesa do Forte Coimbra, em pleno pantanal sul-matogrossense.
O coronel Ricardo Franco faleceu em 21 de janeiro de 1809, aos 61 anos, ainda no comando do Forte Coimbra.
General de Brigada Severiano da Fonseca - Serviço de Saúde
O general-de-brigada médico João Severiano da Fonseca, nascido a 27 de maio de 1836, em Alagoas.
Médico, militar, escritor, historiador e diplomata, ingressou na carreira das armas dois anos após seu doutoramento, em 1862.
Tomou parte na Campanha do Uruguai, apresentando-se como voluntário, embora doente e ainda em licença para tratamento . De substancial valor foi seu desempenho em Salto e Paissandu, marcos iniciais de um ciclo glorioso, que prosseguiria na Guerra da Tríplice Aliança.
Ao longo desse conflito, não lhe faltaram louvores em profusão de seus chefes, assinalando a excelência do serviço prestado ou da tarefa bem cumprida. Inúmeras foram as condecorações que recebeu, sendo o único oficial do Corpo de Saúde condecorado com a Ordem do Cruzeiro.
Fez toda a Campanha da Tríplice Aliança vivenciando e sofrendo as dificuldades impostas pelas condições climáticas, que variavam do intenso calor no verão às chuvas prolongadas na primavera e ao intenso frio do inverno. Como se isso não bastasse, atendeu as epidemias de varíola e cólera, lutando contra a precariedade do estado sanitário da tropa. Aplicou-se, incansavelmente, contra os piores inimigos da guerra, que eram as doenças infecto-contagiosas. No meio dessa terrível guerra, estava o Patrono sempre zeloso, humanitário e inteligente.
Como filho de militar, trazia no sangue a vontade de lutar pela Pátria. Ele e seus ilustres dois irmãos, Hermes Hernesto e Manuel Deodoro, conseguiram retornar aos seus lares e continuar a carreira no Exército. Infelizmente, não tiveram a mesma sorte seus outros irmãos, major Eduardo Emiliano, tenente Hypólito e alferes Afonso Aurélio, que faleceram em combate, nas batalhas de Curupaiti e Itororó.
Eclético e dotado de invejável inteligência, foi colocado à disposição do "Ministério dos Estrangeiros", a fim de fazer parte da Comissão de Limites entre o Brasil e a Bolívia.
Membro dos mais cultos da Comissão, soube o Dr Fonseca coligir incontáveis observações, especialmente de caráter científico, no decurso de seus três anos de peregrinações através das províncias limítrofes com a Bolívia. Esse repositório de observações constituiria, mais tarde, matéria para o seu precioso livro "Viagem ao redor do Brasil".
Promovido a general-de-brigada em 1890, chegou ao mais alto cargo do Corpo de Saúde, com o título (da época) de inspetor-geral do Serviço de Saúde do Exército. Afastou-se da ativa quando eleito senador, retornando à Inspetoria-Geral em novembro de 1895.
O general João Severiano da Fonseca faleceu em 1897, no Rio de Janeiro. Sua insigne figura foi escolhida Patrono do Serviço de Saúde em 1940, a qual foi homologada em decreto de 13 de março de 1962.
Tenente Antonio João - Quadro Auxiliar de Oficiais
A 29 de dezembro de 1864, nas longínquas e remotas paragens dos lindes de Mato Grosso, um tenente do Exército Brasileiro, no comando de uma guarnição isolada, escreveu uma das mais comoventes páginas da nossa história militar ao sacrificar sua vida na defesa de seu posto e, por via de conseqüência, do solo pátrio. Antônio João Ribeiro era seu nome.
Nascido na vila de Poconé, Província de Mato Grosso, em 24 de novembro de 1823, Antônio João ingressou na Força, como soldado voluntário, em 06 de março de 1841. Forjou seu caráter e desenvolveu seu acentuado valor profissional no dia-a-dia da caserna, galgando as graduações de cabo e sargento. Pelos indiscutíveis méritos evidenciados ao longo da carreira, atingiu o oficialato, sendo promovido a 1º tenente em 02 de dezembro de 1860 e comissionado como comandante da Colônia Militar de Dourados, à frente da qual viria a falecer quatro anos e 27 dias mais tarde.
Liderando um punhado de destemidos, incluindo quatro civis e uma mulher, não se intimidou ante o assédio de um inimigo muito mais numeroso e melhor equipado. Enviou mensageiro com um bilhete para o comandante do Distrito Militar de Miranda e rejeitou com altivez a intimação para render-se, não se furtando ao embate desigual.
Dispôs seus comandados nos postos de combate e aguardou o ataque. Tombou sob o peso da fuzilaria de mais de 200 bocas-de-fogo. A Pátria acabara de incorporar mais um bravo à sua galeria de Heróis.
NR: o mensageiro despachado por Antônio João não chegou ao seu destino. Foi capturado pelo inimigo. A mensagem que portava era pequena no tamanho e grande no significado. Ela extravasava o inarredável sentimento do dever de um militar, expresso nas poucas palavras ali colocadas pelo bravo tenente:
"Sei que morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo de minha Pátria".
Frei Orlando - Serviço de Assistência Religiosa
Nasceu em um pequeno povoado do interior de Minas Gerais, à margem direita do rio São Francisco, chamado Morada Nova, em 13 de fevereiro de 1913. Batizado, ganhou o nome de Antônio Álvares da Silva. Órfão com apenas um ano de idade, foi criado por família que prezava a religião católica. Depois da primeira comunhão, em 1920, passou a frequentar assiduamente o catecismo. Nele revelou-se nitidamente o pendor para a vida clerical, o apreço pelas coisas da Igreja, a compaixão pelos humildes. Foi assim que, tendo iniciado seus estudos em Divinópolis (MG), seguiu para a Holanda, de onde retornou para sua ordenação como sacerdote. Não era mais Antônio, mas, sim, o frei Orlando.
Ordenado frade, frei Orlando foi para São João del Rei, onde lecionou no Colégio de Santo Antônio, um estabelecimento de ensino dirigido pela Ordem dos Franciscanos Menores. Tinha 24 anos de idade. Caridoso, o jovem padre instituiu a "Sopa dos Pobres", uma obra de assistência social que chegou a receber o apoio voluntário de muitos integrantes do 11º Regimento de Infantaria (11º RI). Nessa época, deparou com os preparativos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) para a II Guerra Mundial, vendo a cidade em polvorosa com a chegada dos muitos convocados para integrar os contingentes da FEB.
Viu o 11º RI partir e não se conformou em permanecer impassivelmente na cidade. Assim, quando o então comandante do regimento, coronel Delmiro Pereira de Andrade, solicitou a indicação de um religioso para capelão militar ao Comissariado dos Franciscanos em São João del Rei, frei Orlando viu a oportunidade de concretizar um de seus mais acalentados sonhos: o de ser missionário sem fronteiras, ir a qualquer parte do mundo para multiplicar os discípulos de Deus. Integrou-se, então, à FEB, e seguiu para a Europa. Seu primeiro trabalho foi celebrar uma missa na catedral de Pisa para os pracinhas brasileiros.
Tempos depois, às vésperas da Tomada de Monte Castelo, durante uma visita à linha de frente, frei Orlando morreu vitimado por um tiro acidental de um partisan (membro da Resistência italiana ao nazifascismo). Contava com 32 anos de idade. O boletim n° 52, do 11º RI, de 22 de fevereiro de 1945, impresso em Docce, na Itália, registrou o passamento do capelão:
"Foi recebida, com dolorosa surpresa, a notícia do falecimento do capelão capitão Antônio Alvares da Silva (frei Orlando), vítima de um tiro, quando se dirigia de Docce para Bombiana, a fim de levar sua assistência espiritual aos homens em posição, no dia 20, quando do ataque ao Monte Castelo.
O sacerdote, que desapareceu da face da Terra após ter servido com a sua pureza de sentimento à religião e à Pátria, deixa imensa saudade no seio da organização católica a que pertencia. (...) No 11º Regimento de Infantaria, como chefe da Capelania, conquistou a todos pelas qualidades apostolares. (...) No teatro de operações, nos dias de maiores atividades bélicas, jamais deixou de levar o seu conforto espiritual ou o santo sacrifício da missa em qualquer circunstância, mostrando-se, além de religioso, um forte, um bravo, um verdadeiro soldado da Cruz de Cristo."
Finda a guerra, o governo brasileiro instituiu frei Orlando como patrono do Serviço de Assistência Religiosa do Exército, criado, em caráter permanente, por decreto-lei, no ano de 1946.
Cadete Maria Quitéria - Quadro Complementar de Oficiais
Maria Quitéria de Jesus, a mulher-soldado, nasceu em São José de Itapororocas, no ano de 1797, na antiga Província da Bahia.
Em 1822, sob o ideal de liberdade, o Recôncavo Baiano lutava contra o dominador português que se negava a reconhecer a Independência do Brasil. Nesse clima, surge a figura de Maria Quitéria. A necessidade de efetivos fez com que a Junta Conciliadora de Defesa, sediada em Cachoeira-BA, conclamasse os habitantes da região a se alistarem para combater os portugueses.
Maria Quitéria, uma humilde sertaneja baiana, atendeu ao chamado, motivada pelos ideais de liberdade que envolviam seus conterrâneos. Ante a posição contrária do pai, foge de casa e, com o uniforme de um cunhado, incorpora-se inicialmente ao Corpo de Artilharia e, posteriormente, ao de Caçadores, com nome de Soldado Medeiros. O seu batismo de fogo ocorre em combate na foz do rio Paraguaçu, ocasião em que ficam evidenciados seu heroísmo invulgar e sua real identidade.
Em fins de 1822, a intrépida baiana, já com saiote tipo "highlander escocês" sobre o uniforme militar, incorpora-se ao Batalhão dos Voluntários de D. Pedro I, tornando-se, desse modo, oficialmente, a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar, em terras brasileiras.
De armas na mão, participando de combates como o da Pituba e o de Itapuã, torna-se merecedora das mais honrosas citações de bravura, valor e intrepidez, passando a constituir-se em referência do heroísmo da mulher brasileira.
Finda a campanha baiana, Maria Quitéria embarca para o Rio de Janeiro.
A sua presença na Corte é cercada de muito respeito, em face da fama de sua coragem e da grande curiosidade decorrente das características de seu uniforme, por demais ousado para a época.
No dia 20 de agosto de 1823, D. Pedro I confere à gloriosa guerreira a honra de recebê-la em audiência especial. Sabedor da bravura e da maneira correta com que sempre se portara entre a soldadesca, num gesto de profunda admiração, concede-lhe o soldo de "Alferes de linha" e a condecoração de "Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro", em reconhecimento à bravura e à coragem com que lutara contra os inimigos da Pátria.
Maria Quitéria, no entanto, não se deixou levar pela vaidade e pelo fulgor da glória que conquistara. Depois de encerrada a guerra, a heroína recolheu-se ao silêncio do lar, falecendo no dia 21 de agosto de 1853, num "doloroso anonimato".
No ano do centenário do falecimento da valorosa mulher-soldado, o então Ministro da Guerra determinou, por intermédio do Aviso Nº 408, de 11 de maio de 1953, que em todos os estabelecimentos, repartições e unidades do Exército, fosse inaugurado, no dia 21 de agosto de 1953, o retrato da insigne patriota.
Finalmente, em 28 de junho de 1996, Maria Quitéria de Jesus, por decreto do Presidente da República, passou a ser reconhecida como Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.
Olavo Bilac - Serviço Militar
Olavo Bilac nasceu na cidade do Rio de Janeiro. Poeta, jornalista, fundador e membro da Academia Brasileira de Letras, foi um ardoroso nacionalista, abolicionista e grande propugnador do Serviço Militar Obrigatório e dos tiros-de-guerra. Percorreu o País, tanto as mais recônditas regiões, como as capitais, conclamando a mocidade para servir à Pátria que ele tanto amava. Precursor da campanha pela alfabetização, foi eleito Príncipe dos Poetas Brasileiros. Dentre sua extensa obra, destacam-se a letra do Hino à Bandeira, o poema épico "O Caçador de Esmeraldas" e o belo soneto "A Pátria". Na data do seu nascimento, 16 de dezembro, comemora-se o Dia do Reservista. Faleceu no Rio de Janeiro, aos 53 anos.
Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac foi o mais ardoroso defensor do modelo de recrutamento, vigente há quase um século no Brasil. A constatação do absoluto ajustamento do sistema de conscrição à atualidade brasileira é, por si só, prova sobeja da visão prospectiva desse insigne patriota, mui justamente consagrado Patrono do Serviço Militar.
Quando Bilac engajou-se na campanha do Serviço Militar, descortinou-se a dimensão maior de sua personalidade, centrada em profundo patriotismo e dedicação ao Brasil.
As primeiras lições de civismo, colheu-as no próprio lar, em ambiente de simplicidade e dedicação.
Orador fecundo, enfático e inspirado, faria, mais tarde, ecoar por todos os recantos do Brasil, o seu protesto veemente ao divórcio dos meios civil e militar. Chegava a inflamar-se ao contestar as acusações de militarismo, que muitos, em sua época, atribuiam às medidas adotadas para o aperfeiçoamento do Serviço Militar.
O autor da letra do Hino à Bandeira e da grandiosa "Oração à Bandeira", empenhou-se, ainda, na ação educacional cívica, buscando a promoção dos mais puros ideais da nacionalidade. Sob essa inspiração, fundou a Liga de Defesa Nacional, em 1916, para lutar pela preservação de nossos valores maiores ao longo do tempo.
Bilac era, acima de tudo, um patriota consciente do momento histórico, um combatente pelo civismo, ao qual não hesitava em devotar-se, por inteiro. Em 1915 e 1916, empreendeu peregrinação pelo País, conscientizando os brasileiros da necessidade do Serviço Militar Obrigatório, pregando a verdadeira cidadania. Sua missão, iniciada em São Paulo, e ressonante no Rio de Janeiro, tornou-se alvo de destacada homenagem no Clube Militar. Prosseguiu rumo a Minas Gerais e ao Rio Grande do Sul, defendendo, com ardor, a associação de todos os brasileiros à sua causa.
Embora com sacrifício da saúde, Bilac alimentava o firme desejo de levar sua pregação ao Norte e ao Nordeste do Brasil, seguindo o itinerário que já havia traçado, durante suas viagens para a campanha de defesa do Serviço Militar.
Mas no apagar de 1918, quando a cidade do Rio de Janeiro se preparava para um novo ano, correram sentidas lágrimas pela notícia da morte do querido poeta. A mesma carreta de artilharia que servira para transportar o corpo de Osorio para o cemitério, conduziu Bilac ao sepulcro.
Na sua eternidade, a Pátria reverenciará sempre aquele que, com o coração e a ação, mostrou aos brasileiros a nobreza do dever militar.
Rosa da Fonseca - Família Militar
Desde as origens do Exército Brasileiro, na épica Batalha dos Guararapes, destacaram-se vultos que, mercê de seus atributos de liderança, coragem, desprendimento, abnegação e estoicismo, serviram de exemplo vivo, cujas memórias são perpetuadas pela Força Terrestre ao nomeá-los seus Patriarcas e Patronos.
Em reconhecimento à magnitude de sua personalidade e aos seus exemplos de união familiar, de patriotismo e de devoção ao Brasil e à causa militar, o Exército Brasileiro instituiu dona Rosa da Fonseca como a Patrono da Família Militar.
Rosa Maria Paulina da Fonseca nasceu em 18 de setembro de 1802, na então Cidade de Alagoas, capital da Província de mesmo nome, atual município de Marechal Deodoro.
Em 1824, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, casa-se com o Major do Exército Imperial Manoel Mendes da Fonseca, valoroso militar e grande monarquista.
Mulher de caráter varonil, sempre o apoiou em suas resoluções e o acompanhou, intimorata, nos transes da vida, até seu falecimento, já reformado no posto de Tenente-Coronel, em 24 de agosto de 1859.
Dessa união nasceram dez filhos, sendo duas mulheres, Emília e Amélia, e oito varões. Todos os homens abraçaram a carreira das Armas, ocupando posições de destaque na vida militar, na Política e na Administração Pública Brasileira.
Quando eclodiu a Guerra da Tríplice Aliança, sete de seus filhos seguiram para os campos de batalha. Permaneceu junto a ela seu filho Pedro Paulino, tenente reformado do Exército, literato e estatístico, futuro governador de Alagoas e senador federal por esse Estado.
Na cruenta Batalha de Curuzu, entre 1º e 3 de setembro de 1866, tomba em combate seu filho mais jovem, Afonso Aurélio, aos 21 anos de idade, Alferes do 34º Batalhão de Voluntários da Pátria, atingido quando galgava as muralhas daquela fortificação.
Poucos dias depois, em 22 de setembro de 1866, durante a sangrenta Batalha de Curupaity, outro de seus filhos, o Capitão de Infantaria Hyppólito, perde a vida heroicamente.
Em 6 de dezembro de 1868, na célebre Batalha de Itororó, as "Termópilas paraguaias", a primeira das batalhas da "Dezembrada", outro de seus filhos sucumbe ante o fogo inimigo, o Major de Infantaria Eduardo Emiliano.
Nessa mesma Batalha, dois outros filhos, Hermes e Deodoro, foram gravemente feridos, sendo que esse último recebera três ferimentos por tiros de fuzil.
Durante as comemorações pela vitória em Itororó, ao ser informada da morte de Eduardo e da situação de Hermes e Deodoro, teria dito: "Sei o que houve. Talvez até Deodoro esteja morto, mas hoje é dia de gala pela vitória; amanhã, chorarei a morte deles".
Conta-se também que, ao receber o Oficial que lhe apresentaria os pêsames em nome do Imperador, respondeu que a vitória que a Pátria alcançava, e que todos tinham ido defender, valia muito mais que a vida de seus filhos.
Rosa Maria Paulina da Fonseca, a "Mãe dos Sete Macabeus", faleceu na cidade do Rio de Janeiro, em 11 de julho de 1873, aos 70 anos de idade.
Dentre seus filhos que regressaram vivos da Guerra da Tríplice Aliança, destacou-se, especialmente, o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, Proclamador da República, Chefe do Governo Provisório e Primeiro Presidente Constitucional da República dos Estados Unidos do Brasil.
Destacou-se, também, de forma singular, o eminente médico militar, General de Brigada João Severiano da Fonseca, escolhido, em 1962, para ser o Patrono do Serviço de Saúde do Exército Brasileiro.
Seu neto, o Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, foi o 8º Presidente da República, exercendo seu mandato entre 1910 e 1914.
Ao instituir o dia 18 de setembro, data natalícia de Dona Rosa da Fonseca, a Matriarca Exemplar, como o Dia da Família Militar, o Exército Brasileiro presta a devida homenagem à família, na figura de Rosa da Fonseca, reconhecendo a importância do espírito de sacrifício e de luta, o qual possibilita aos integrantes da Força Terrestre alcançarem o sucesso pessoal e profissional, com o sentimento de dever cumprido, seja qual for a missão.
Fonte:https://www.eb.mil.br/patronos